Método e justificação nas Meditações Metafísicas de Descartes
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A grande preocupação da epistemologia cartesiana é fundamentar a certeza da verdade de uma forma clara e distinta. Para tanto, o autor vale-se do recurso cético, para gerar verdades que sejam imunes à dúvida e possam ser consideradas como indubitáveis. Nosso artigo objetiva apresentar o que Descartes entendia por método e como este ascendia do campo matemático; e ademais como o método implicava à descoberta e à fundamentação última da metafísica. Por meio de uma investigação conceitual exploratória analítico-crítico, busca-se apresentar uma defesa da centralidade do método cartesiano como conditio sine qua non, para se entender as principais teses filosófico-epistemológicas advogadas nas Meditações Metafísicas. Como desfecho do trabalho, conclui-se que o método não é uma questão menor dentro do cartesianismo, mas unicamente de seu seguimento e da observância correta da ordem da descoberta é possível fundamentar, indubitavelmente, todas as verdades últimas, tanto da metafísica como das ciências.
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