Casa como lar:: entre descanso e movimento

Tiago Rodrigues Moreira; Nelson Cortes Pacheco Junior; Eduardo Marandola Jr.

Autores/as

Tiago Rodrigues Moreira Unicamp
Nelson Cortes Pacheco Junior Unicamp
Eduardo Marandola Jr. Unicamp

Palabras clave:

Habitar , Mobilidade, Lugaridade, Geografia Têmporo-Espacial, Geografia Humanista

Resumen

Pensar o habitar na contemporaneidade impõe compreender as transformações dos sentidos de casa no contexto dos atravessamentos da mobilidade e das obstruções à constituição do lar, em seu sentido fenomenológico. Neste sentido, a casa, como lar, se constitui entre repouso e deslocamento, demandando compreender dinâmicas que articulam dimensões geográficas e existenciais que se caracterizam pelo movimento e o descanso. Este artigo resgata duas contribuições geográficas da segunda metade do século XX (da Geografia Têmporo-Espacial de Hägerstrand e da Geografia Humanista de Seamon), momento de constituição das bases do habitar contemporâneo, buscando elementos para compreender sua tessitura ontológica, que nos provoca a repensar o habitar e a casa entre lugaridade e mobilidade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Tiago Rodrigues Moreira, Unicamp

Doutorando em Geografia pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).E-mail: t229845@dac.unicamp.br

Nelson Cortes Pacheco Junior , Unicamp

Doutorando em Geografia pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Eduardo Marandola Jr. , Unicamp

Doutor em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas. Docente do Programa de Pós Graduação em Geografia e do Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, ambas na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Citas

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução de Vinicius Nicastro Honesco. Chapecó, SC: Argos, 2009.

ASCHER, François. Metapolis: Acerca do futuro da cidade. Trad. de Álvaro Domingos Oeiras: Celta Editora, 1998.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2001.

BAUMAN, Zygmunt. Tempos líquidos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

BRUM, Jean. L. S. Por uma interpretação humanista da relação entre lugar e mobilidade. Geousp – Espaço e Tempo (Online), v. 21, n. 1. 2017.

BUTTIMER, Anne. “Home-Reach-Journey”. In: Moss, Pamela. Placing autobiography in geography. Syracuse: Syracuse University Press, 2001.

BUTTIMER, Anne. “Torsten Hägerstrand 1916-2004”. In: Lorimer, Hayden; Withers, Charles. Geographers: Biobibliographical Studies, volume 26, London: Continuum, pp. 2007

CRESSWELL, Tim. On the Move: Mobility in the Modern. New York: Western World (Routledge,) 2006.

CRESSWELL, Tim. Towards a politics of mobility. Environment and Planning D: Society and Space, n. 28, p. 17-31, 2010.

ELLEGÅRD, Kajsa. A time-geographical approach to the study of everyday life of individuals – a challenge of complexity. GeoJournal 48: 167–175, 1999.

GOMES, Rafael A. A. Anne Buttimer, 1938-2017. Terra Brasilis (online). 10, 2018.

HÄGERSTRAND, Torsten. What about in regional science. Regional science association, 1970.

HÄGERSTRAND, Torsten. On the definition of migration. Yearbook of population and status Finland II. In: JONES, E. Readings in social Geography. Oxford: Oxford University Press, 1975.

HÄGERSTRAND, Torsten. A not on the quality of life-time. In: CARLSTEIN, T; PARKES, D.; THRIFT, N. Timing space and spacing time. Vol. 2. Human active and Time Geography. London: Arnold, 1978.

HÄGERSTRAND, Torsten. Time-Geography: Focus on the Corporeality of Man, Society and Environment. In: The Science and Praxis of Complexity. The United Nations University, Tokio, 1985.

HÄGERSTRAND, Torsten. Reflections on “what about people in regional science?”. Regional science association, vol. 66, 1989.

HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Trad. Marcia Sá Cavalcanti. Petrópolis: Editora Vozes / Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2018 a.

HEIDEGGER, Martin. Construir, habitar, pensar. Trad. Marcia Sá Cavalcante. In: HEIDEGGER, Martin. Ensaios e Conferências. Petrópolis: Editora Vozes / Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2018 b.

LENNTORP, Bo, Paths in Space-Time Environments. A Time-Geographic Study of Movement Possibilities of Individuals. Meddelanden från Lunds, 1976.

LENNTORP Bo. Time-geography–at the end of its beginning. GeoJournal, v. 48, p. 155–158, 1999.

LENNTORP Bo. The drama of real-life in a time-geographic disguise. 6èmes rencontres Théo Quant: nouvelles approches en géographie théorique et quantitative, 2003

LEVY, Jacques. Os novos espaços da mobilidade. GEOgraphia, v. 3(6), p. 7-17, 2009.

MARANDOLA JR., Eduardo. Habitar em risco: mobilidade e vulnerabilidade na experiência metropolitana. São Paulo: Blucher, 2014.

MARANDOLA Jr, Eduardo. Fenomenologia do ser-situado. Crônicas de um verão tropical urbano. São Paulo: Editora UNESP, 2021.

PRED, Alan, R., O Modelo “Têmporo-geográfico” da Sociedade, de Hagestrand. In: CHRISTOFOLETTI, Antonio. Perspectivas da geografia. São Paulo: Difel, 1982.

SEAMON, David. A Geography of the Lifeworld. Movement, Rest and Encounter. Londres: Croom Helm Ltd, 1979

SEAMON, David. Lugarização vivida e a localidade do ser: um retorno à Geografia Humanística? Trad. Letícia Carolina de Pádua. Rev. Nufen: Phenom. Interd, v. 9(2), p. 147-168, 2017.

SEAMON, David. Merleau-Ponty, Lived Body, and Place: Toward a Phenomenology of Human Situatedness. In: HÜNEFELDT, T.; SCHLITTE, A. Situatedness and Place. Contributions To Phenomenology, vol 95, 2018.

SOJA, Edward. The Political Organization of Space. Commission of College Geography Resource Paper, n.8. Washington: Association of American Geographers, 1971.