Direitos Humanos e existência contingente
Uma crítica sartreana da filosofia essencialista a partir de Pinóquio
Schlagworte:
Essencialismo, Existencialismo, Humanismo, Direitos Humanos, Cinema e LiteraturaAbstract
Objetiva-se analisar a essência humana no discurso ONU, em comparação à história de Pinóquio, personagem fictício da Disney, e adaptada do livro As aventuras de Pinóquio, de Collodi (1883). Pressupõe-se que o protagonista, ao ser idealizado pelo seu artífice, é portador de uma essência definida a priori. Em comparação, o mesmo parece ocorrer no discurso dos direitos humanos, evidenciado na Declaração Universal (1948), que parte da concepção do humano, com a qualidade de humanidade, como ser racional que merece respeito e tem a dignidade inerente. Critica-se o fundamento essencialista dos direitos humanos, que deixa de lado a política de coalizão.
Downloads
Literaturhinweise
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
COLLODI, Carlo. Pinóquio. São Paulo: Instituto LPC, 2021.
DESCARTES, René. Os pensadores. Meditações. São Paulo: Nova Cultural, 2000.
DESCARTES, René. Discurso del método. Buenos Aires: Centro Editor de Cultura, 2006.
DU GAY, Paul. et al. Doing cultural studies: the story of the Sony Walkman. London: Sage Publications, 1997.
GRUBBA, Leilane Serratine. O discurso dos direitos humanos para a humanização: uma análise da concepção tradicional dos direitos humanos à luz da teoria da reinvenção de Herrera Flores. 2011. Dissertação (Mestrado) – Curso de Pós-Graduação em Direito, UFSC, Florianópolis, 2011.
GRUBBA, Leilane Serratine. O essencialismo nos direitos humanos. São Paulo: Empório do Direito, 2016.
GRUBBA, Leilane Serratine; CARMO, Valter Moura do. O problema da fundamentação teórica da Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969. In: Bleine Queiroz Caúla, Bruna Souza Paula e Valter Moura do Carmo (org.). Diálogo Ambiental, Constitucional e Internacional. Vol. 5. Lisboa: Instituto de Ciências Jurídico-Políticas, 2017, p. 446-467.
HALL, Stuart. Cultura e representação. Rio de Janeiro: Ed PUC-RIO, 2016.
HERRERA FLORES, Joaquín. A (re)invenção dos direitos humanos. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2009a.
HERRERA FLORES, Joaquín. Teoria crítica dos direitos humanos: os direitos humanos como produtos culturais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009b.
KANT, Immanuel. Groundwork of the Metaphysics of Morals. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.
MOUFFE, Chantal. O regresso do político. Lisboa: Gradiva, 1996.
NAÇÕES UNIDAS. The universal declaration of human rights. 1948. Disponível em: https://www.un.org/en/universal-declaration-human-rights/. Acesso em 6 de dezembro de 2020.
NAÇÕES UNIDAS. Human development report. Concept and Measurement of human development.1990. Disponível em: hdr_1990_en_complete_nostats.pdf (undp.org). Acesso em 15 de janeiro de 2021.
NAÇÕES UNIDAS. Human development report. The Real Wealth of Nations: Pathways to Human Development. 2010. Disponível em: http://hdr.undp.org/en/content/human-development-report-2010. Acesso em 15 de janeiro de 2021.
NOGARE, Pedro Dalle. Humanismos e anti-humanismos: introdução à antropologia filosófica. Petrópolis: Vozes, 1977.
PINOCCHIO. Direção de Hamilton Luske and Bem Sharpsteen. United States: Walt Disney, 1940. 1. DVD. (88 min.).
SANDEL, Michael. Justiça: o que é fazer a coisa certa? [recurso eletrônico]. Tradução de Heloisa Matias e Maria Alice Máximo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. Paris: Les Éditions Nagel, 1970.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2023 Dr.a Grubba, Msc. Seguer
Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung 4.0 International.