O conceito de paralelismo na ética de Benedictus de Spinoza
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v6i11.5933Palavras-chave:
Benedictus de Spinoza, Gilles Deleuze, Martial Gueroult, Ética, ParalelismoResumo
Em sua Ética, Benedictus de Spinoza postula na proposição 7 da parte 2 que “A ordem e a conexão das ideias é a mesma que a ordem e a conexão das coisas”. É o paralelismo; ou seja, a identidade entre a potência de pensar de Deus e a sua potência atual de agir, que vai possibilitar a afirmação da substância única, permitindo a Spinoza corrigir as dificuldades da filosofia cartesiana. Nosso objetivo com o presente trabalho é o de expor e analisar como Spinoza supera as dificuldades cartesianas, explicitando os termos isomorfia, ou a identidade de ordem entre as ideias e os corpos; a isonomia, ou a identidade entre as séries dos atributos da substância absoluta e a identidade de conexão entre as duas séries; a isologia ou a identidade do ser. Além destes, explicitaremos a distinção deleuziana para o paralelismo epistemológico e o paralelismo ontológico, visando tornar clara a importância deste conceito para o conjunto da Ética.