Dialética de Marcuse, o todo é a verdade e o todo é falso
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v4i8.5859Palavras-chave:
Dialética, Alteração institucional, Totalidade, Negatividade, RacionalidadeResumo
Este artigo é uma análise do prefácio intitulado A note on dialetic escrito por Herbert Marcuse em Março de 1960, por ocasião da segunda edição de seu livro Razão e revolução - Hegel e o advento da teoria social, editado anteriormente em 1941. Após dezenove anos Marcuse trata o modo dialético de pensamento como estranho ao universo estabilizado de discurso e ação. Pensamento filosófico é essencialmente a negação daquilo que é imediatamente anterior a nós. A sentença final do texto: “O todo é a verdade e o todo é falso”, além de ser a expressão amadurecida de uma posição filosófica dialética, se transformou na ratificação epistêmica do significado estratégico do livro Razão e Revolução numa obra voltada para uma efetiva alteração institucional. Esta análise é focada em quatro qualidades do pensamento dialético: totalidade, negatividade, historicidade e subjetividade. Essas qualidades, estruturadas pela linguagem lógica dialética nos permitiram entender os múltiplos aspectos da racionalidade dialética, como racionalidade teórica e histórica, útil como ferramenta de entendimento da filosofia como instrumento de mudança do universo estabilizado de ação e discurso.