O não-senso de uma revolução social com alma política, Marx - em 31 de Julho de 1844,
uma leitura além de modernidades
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v1i1.5615Palavras-chave:
Miséria social, capitalismo, inteligência política, emancipação humana, revoluçãoResumo
O objetivo do texto é explicitar a argumentação do artigo de Karl Marx, "Glosas Críticas à Margem do Artigo: 'O Rei da Prússia e a Reforma Social. Por um prussiano'". O artigo, publicado nos números 63 e 64 no Jornal Vorwäts! de 7 e 10 de Agosto de 1844, é uma crítica de Karl Marx à posição de Arnold Ruge, expressa no número de 60 do mesmo jornal. Enquanto Ruge defende a atitude repressora, tomada pelo rei da Prússia, contra os tecelões revoltados; Marx compreende a Revolta dos Tecelões da Silésia, como a quebra do ciclo vicioso de ampliação da miséria e da violência sociais a que estão submetidos tais trabalhadores. ele destaca que os tecelões buscaram, pela revolta, a supressão de sua alienação, do isolamento de sua própria comunidade, comunidade da qual seu próprio trabalho os separa. A emancipação humana é, para Marx, o objetivo que dá consistência à revolta de trabalhadores, a sua alma social; enquanto a alternativa defendida pela política moderna aceitaria "uma revolução social com alma política" (GC §71). A instituição vigente poderá até considerar a miséria social um desconforto, mas sua alteação estaria subordinada à alma política. O poder político e não a resolução da miséria social, é a prioridade. A retórica de quem não admite a revolução dos trabalhadores cai na armadilha de seu próprio não senso, o capitalismo moderno ou pós-moderno são os próprios produtores da miséria e violência sociais.
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