O mais profundo é a pele? Digressões e multiplicidades

Autores

  • Maria Helena Lisboa da Cunha Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.52521/kg.v22i3.15346

Palavras-chave:

Nietzsche, corpo, forças, pele, devir

Resumo

Num texto conhecido de seus leitores, A alma e a dança, o poeta Paul Valéry afirma que o mais profundo é a pele, mas como os filósofos são mais questionadores do que os poetas, no meu texto, abaixo mencionado, coloco a afirmação como uma interrogação, como provocação. Desde Nietzsche, no séc. XIX, passando por Artaud e Deleuze, no séc. XX, e ainda no séc. XVII com Spinoza, que já coloca a pergunta pelo que pode um corpo?, o corpo foi resgatado do seu esquecimento correlato à superioridade da alma e se reapropriou de seus direitos. O texto ora apresentado discorre sobre esses conceitos e pretende trazer ao leitor o corpo como criador de potencialidades insuspeitadas.   

Palavras-chaves: Nietzsche, corpo, forças, pele, devir.

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Publicado

2025-11-11

Como Citar

CUNHA, M. H. L. da. O mais profundo é a pele? Digressões e multiplicidades. Kalágatos , [S. l.], v. 22, n. 3, p. ek25041, 2025. DOI: 10.52521/kg.v22i3.15346. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/15346. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Ensaio