Direitos Humanos e existência contingente
Uma crítica sartreana da filosofia essencialista a partir de Pinóquio
Palavras-chave:
Essencialismo, Existencialismo, Humanismo, Direitos Humanos, Cinema e LiteraturaResumo
Objetiva-se analisar a essência humana no discurso ONU, em comparação à história de Pinóquio, personagem fictício da Disney, e adaptada do livro As aventuras de Pinóquio, de Collodi (1883). Pressupõe-se que o protagonista, ao ser idealizado pelo seu artífice, é portador de uma essência definida a priori. Em comparação, o mesmo parece ocorrer no discurso dos direitos humanos, evidenciado na Declaração Universal (1948), que parte da concepção do humano, com a qualidade de humanidade, como ser racional que merece respeito e tem a dignidade inerente. Critica-se o fundamento essencialista dos direitos humanos, que deixa de lado a política de coalizão.
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