Spinoza y la paz
Palavras-chave:
Spinoza. Paz. Guerra. Virtude. Democracia.Resumo
Pensado no sentido spinozista, a paz – tanto civil como internacional e que igual à segurança e a liberdade é um dos fins do Estado político – não se constrói contra o direito natural mas sim com ele e como seu resultado; não implica seu cancelamento e sim seu redirecionamento, sua politização. Assim concebida, a paz remete a uma ontologia política que desmantela tanto a ideia do bom governo concebido enquanto governo de um príncipe dotado de virtudes privadas, como a alienação em qualquer instância puramente jurídica estabelecida graças a uma lógica transcendente. A “arte da concórdia” necessária devido ao caráter natural das paixões humanas que uma filosofia da paz não quimérica deverá tomar por ponto de partida, se articula por conseguinte a uma “ciência dos afetos”, expressão que Spinoza opõe à difamação dos assuntos humanos própria do “ódio teológico” e a ars vituperandi que anima a retórica do pecado.