O spinozismo disfarçado de Locke [Parte 2]
Resumo
Uma torrente de evidência textual é aduzida neste artigo, pela qual se demonstra incontestavelmente que Locke não apenas foi muito influenciado pelas obras de Spinoza, mas também adotou e deu seguimento a todos os itens principais de sua física, epistemologia, ética e teoria política. Ele já estava fascinado pela renovação spinozana da filosofia de Descartes quando ainda era íntimo e colaborador de Boyle em Oxford. Colocado junto ao texto original, o grande número de suas citações e cripto-citações do texto de Spinoza não apenas traz à luz uma interpretação nova, e mesmo revolucionária, de sua obra, mas também conduz a um melhor entendimento da posição do filósofo holandês em relação à física. Tal como Van den Enden deve ser considerado (desde a descoberta de seus escritos políticos em 1990) o mestre filosófico de Spinoza, assim devemos, a partir de agora, considerar Spinoza o real mestre filosófico de Locke, o qual, temendo por sua vida, tão habilmente encobriu e de modo nada ingênuo negou suas raízes que, fora uns poucos contemporâneos clarividentes, nenhum estudioso dos três séculos passados observou sua linhagem.
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Copyright (c) 2023 Wim Klever (Autor); Victor Fiori Augusto (Tradutor); Fernando Bonadia de Oliveira (Revisor de tradução)
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