A Felicidade em Leibniz e Espinosa

Autores/as

  • Marcos Ferreira de Paula Doutorando em Filosofia USP

Palabras clave:

Felicidade. Metafísica. Moral. Causalidade. Eternidade.

Resumen

Tanto para Leibniz quanto para Espinosa, toda a nossa felicidade depende do objeto ao qual aderimos por amor. Não podemos ser realmente felizes, se o objeto que amamos é limitado e perecível. Há que ser, então, infinito e eterno. Deus, portanto. Mas, se é assim, as diferentes concepções metafísicas desses dois grandes filósofos resultarão em concepções distintas de felicidade. Pois o objeto mesmo de que depende nossa felicidade é diferente, em um e em outro filósofo. Em Espinosa, a felicidade está vinculada a um Deus que age apenas pela necessidade de sua própria natureza, que é autoprodução necessária de si mesmo, que atua apenas pelas leis da causalidade eficiente imanente. Em Leibniz, ela depende de um Deus que é, de um lado, o Arquiteto do mundo da causalidade eficiente (o “Mundo Natural”, da necessidade física e da “causalidade mecânica” dos corpos), mas, de outro lado, o Monarca ou Príncipe do mundo da causalidade final (o “Mundo Moral”, dos espíritos e da vontade, mundo que é, aliás, o campo próprio onde se dá e é possível uma felicidade humana). Este texto trata brevemente das consequências dessas duas diferentes visões metafísicas do mundo para a noção de felicidade.

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Publicado

2021-02-01

Cómo citar

Paula, M. F. de. (2021). A Felicidade em Leibniz e Espinosa. Revista Conatus - Filosofía De Spinoza (ISSN 1981-7509), 3(5 - Julho), 67–70. Recuperado a partir de https://revistas.uece.br/index.php/conatus/article/view/4720