A Felicidade em Leibniz e Espinosa
Palabras clave:
Felicidade. Metafísica. Moral. Causalidade. Eternidade.Resumen
Tanto para Leibniz quanto para Espinosa, toda a nossa felicidade depende do objeto ao qual aderimos por amor. Não podemos ser realmente felizes, se o objeto que amamos é limitado e perecível. Há que ser, então, infinito e eterno. Deus, portanto. Mas, se é assim, as diferentes concepções metafísicas desses dois grandes filósofos resultarão em concepções distintas de felicidade. Pois o objeto mesmo de que depende nossa felicidade é diferente, em um e em outro filósofo. Em Espinosa, a felicidade está vinculada a um Deus que age apenas pela necessidade de sua própria natureza, que é autoprodução necessária de si mesmo, que atua apenas pelas leis da causalidade eficiente imanente. Em Leibniz, ela depende de um Deus que é, de um lado, o Arquiteto do mundo da causalidade eficiente (o “Mundo Natural”, da necessidade física e da “causalidade mecânica” dos corpos), mas, de outro lado, o Monarca ou Príncipe do mundo da causalidade final (o “Mundo Moral”, dos espíritos e da vontade, mundo que é, aliás, o campo próprio onde se dá e é possível uma felicidade humana). Este texto trata brevemente das consequências dessas duas diferentes visões metafísicas do mundo para a noção de felicidade.