A endoreconstrução do contrato social em Spinoza

Autores/as

  • André Rocha Campos Doutorando em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Palabras clave:

Spinoza. Pessoa. Endoreconstrução. Contrato Social. Política. Contratualismo.

Resumen

Longe de inventar uma nova linguagem filosófica, ou mesmo de subverter uma tradicional ou de senso-comum, Spinoza começa por penetrar no edifício de cada conceito problemático para o reconstruir a partir de dentro, mantendo a designação habitual mas dando-lhe um novo significado: é o que faz com a sua noção de contrato No itinerário seguindo desde o TTP até ao TP, passando pela Ética, nota-se uma mutação no pensamento político de Spinoza, com a introdução progressiva de novos mecanismos explicativos (como a “imitação de afectos” e a “multidão”) que superem os tradicionais constrangimentos do contratualismo, e que é comummente interpretada como afastamento evolutivo do contrato. Não obstante, o contrato é sempre para Spinoza um conceito em mutação que pode admitir a introdução desses novos mecanismos numa nova linguagem pactícia: dá-se então uma endoreconstrução do contrato.

Archivos adicionales

Publicado

2021-01-31

Cómo citar

Campos, A. R. (2021). A endoreconstrução do contrato social em Spinoza. Revista Conatus - Filosofía De Spinoza (ISSN 1981-7509), 3(5 - Julho), 11–25. Recuperado a partir de https://revistas.uece.br/index.php/conatus/article/view/4709