A problemática da constituição da memória coletiva e individual na obra literária Ver:

Amor de David Grossman à luz da Teoria da Imaginação de Espinosa

Autores/as

  • Viviana Ribeiro Mestranda em Filosofia UFF

Palabras clave:

Literatura. Espinosa. Imaginação. Memória coletiva.

Resumen

A obra literária Ver: Amor de David Grossman é um romance da literatura contemporânea israelense e cria quatro visões diferentes sobre a catástrofe do holocausto. Na primeira parte, acompanhamos as investigações intensas do menino Momik sobre aquilo que ninguém fala, mas que constitui uma tensão latente em todos ao seu redor: os fatos ocorridos na “Terra de Lá” e o surgimento da “Besta Nazista”. Na segunda, Momik já adulto e escritor recria a história do desaparecimento do pintor judeu Bruno Schultz assassinado pelos alemães. Na terceira seção, temos relação (fabulada) entre Vasserman, tio-avô de Momik, e o oficial nazista Neigel, em um dos campos de concentração e, por fim, na quarta parte temos a enciclopédia da vida de Kazik, um dos personagens criados por Vasserman, que se expressa, na verdade, como enciclopédia do nazismo. A formação da memória coletiva do trauma vivido pelos judeus durante a Segunda Guerra é uma constante que perpassa as quatro partes do livro e se apresenta como marca silenciosa e incontornável na constituição do novo Estado de Israel. A transmissão para as novas gerações, da experiência da Shoá, considerando que em pouco tempo não haverá mais sobreviventes, é uma problemática pungente nos estudos hebraicos atuais. Ver:Amor ilustra a transmissão e a formação desta memória coletiva, principalmente, através da imaginação e da imitação afetiva e este foi o mote que me impulsionou a pensar nas proposições espinosanas da Parte 2 e 3 da Ética que tratam da imaginação, memória e imitação afetiva como dinâmicas de socialibidade imprescindíveis para composição política coletiva.

 

Resumé
L’œuvre littéraire Voir: Amour de David Grossman est un roman de la littérature israélienne contemporaine et crée quatre vues différentes de la catastrophe de l’Holocauste. Dans la première partie, nous suivons l’enquête intense garçon Momik sur ce que quelqu’un dit, mais qui est une tension latente tout autour: les événements de la «Terre Ici» et l’émergence de «Bête nazie.» Dans le second, Momik un adulte et écrivain recrée l’histoire du peintre disparition juive Bruno Schultz assassiné par les Allemands. Dans la troisième section, nous avons la relation parmi Vasserman, oncle de Momik, et l’officier nazi Neigel, dans l’un des camps de concentration et enfin dans la quatrième partie, nous avons l’encyclopédie de la vie de Kazik, l’un des personnages créés par Vasserman, qui est exprimé, en fait, comme l’encyclopédie nazis. La formation de la mémoire collective du traumatisme subi par les Juifs pendant la Seconde Guerre mondiale est une constante qui traverse les quatre parties du livre et est présenté comme marque silencieuse et constant dans la constitution du nouvel Etat d’Israël. La transmission aux nouvelles générations, l’expérience de la Shoah, considérant que, bientôt, il n’y aura pas d’autres survivants, est un problématique les études hébraïques actuelles. Voir: Amour illustre la transmission et la formation de cette mémoire collective, principalement par l’imagination et l’imitation affectueuse et ce fut la raison qui m’a propulsé à penser espinosanas propositions de la Partie II et III de l’Êthique traitant de l’imagination, de la mémoire et de l’imitation affective comme dynamique essentielle pour la composition politique collective.

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Publicado

2019-08-25

Cómo citar

Ribeiro, V. (2019). A problemática da constituição da memória coletiva e individual na obra literária Ver:: Amor de David Grossman à luz da Teoria da Imaginação de Espinosa. Revista Conatus - Filosofía De Spinoza (ISSN 1981-7509), 10(19 - Julho), 67–75. Recuperado a partir de https://revistas.uece.br/index.php/conatus/article/view/1614