O tenebrismo barroco em Spinoza: uma introdução ao Tratado Teológico-Político
Palabras clave:
Spinoza. Tratado teológico-político. Política. Século XVII.Resumen
Benedictus de Spinoza é um filósofo pouco abordado. Cremos que o pensamento político de Spinoza não seja somente um detalhe na história do pensamento político universal ou uma extensão de Thomas Hobbes e que não foi um trabalho meramente pontual num tempo e espaço singulares, mas que é relevante ainda hoje para entendermos as ligações entre a teologia e a política. Este trabalho, portanto, pretende suprir uma carência bibliográfica sobre o Tratado teológico-político, visto não haver no Brasil algum escrito introdutório didático sobre tal obra. Para tal intento dividimos os vinte capítulos da obra em três grandes eixos temáticos, que, por sua vez se dividem, cada qual, em três outros sub eixos antagônicos. A partir destes três grandes eixos – teológico/filosófico, judaismo/cristianismo e lei natural/lei humana – buscamos destrinchar o TTP e compreender os contrastes dentro da obra. Podemos fazer uma comparação destes contrastes no TTP com a estilistica barroca do Tenebrismo, que foi a maximização da técnica do chiaro-scuro utilizada por pintores barrocos, onde os contrastes de luz eram exacerbados para que a forma da figura se diluísse com o conteúdo. O tenebrismo foi uma espécie de monismo, onde as partes se confundiam com o todo. É o que acontece analogamente na obra de Spinoza, em especial no TTP, onde emergem das sombras temas contrastantes.
Citas
AGAMBEN, Giorgio. O reino e a glória. Tradução de Selvino Assmann. São Paulo: Boitempo, 2011.
AURÉLIO, Diogo Pires. Introdução. In: ESPINOSA, Baruch de. Tratado teológicopolítico. Tradução, introdução e notas de Diogo Pires Aurélio. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
CHÂTELET, François. História das idéias políticas. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
ESPINOSA, Baruch de. Tratado teológico-político. Tradução, introdução e notas de Diogo Pires Aurélio. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
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