O SISTEMA CARCERÁRIO FEMININO BRASILEIRO (SÉCULO XXI)
QUAIS VIDAS IMPORTAM?
Mots-clés :
Presídios Femininos, Docilização, Biopolítica, DesencarceramentoRésumé
O Sistema Carcerário Feminino Brasileiro foi pensado e construído com o intuito de resgatar aspectos “típicos do universo feminino”, através do trabalho das Irmãs da Congregação do Bom Pastor D’Angers. Porém, esse panorama veio se alterando ao longo dos anos. Hoje, os presídios femininos são espaços outros, de apreensão dos corpos “desviantes”, condutores do pânico moral, relegados, através do medo, a lugares retirados da circulação social - no limite, zonas de mortificação. Postas como indigentes, psicóticas e sempre ligadas ao masculino, as mulheres que sobrevivem à imposição da clausura são uma fonte de desafios à culturalidade que pré-determina expressões e comportamentos. Assim, tem-se por objetivo, além de explorar a construção da instituição prisão, analisar como as mulheres encarceradas são retratadas pela mídia, como também traçar o perfil dessas mulheres que tem seus corpos cerceados pela ação Biopolítica. Utilizando de autores e autoras como Drauzio Varella e seu estudo sobre o funcionamento das penitenciárias; Berenice Bento, Michel Foucault e Achille Mbembe sobre a ação das variações da Biopolítica nos corpos das mulheres enclausuradas; pretende-se alcançar Angela Davis e as discussões sobre as prisões, da forma que estão estruturadas hoje, estarem obsoletas, como uma continuidade da escravização. Aqui, propõe-se, também, o desencarceramento.
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(c) Tous droits réservés Luíza Zelinscki Lemos Pereira, Thífany Piffer 2022
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