GÊNERO HUMANO?
SOBRE A DIFERENÇA QUALITATIVA ENTRE OS HOMENS NO PENSAMENTO EUROPEU DIANTE DO NOVO MUNDO
Mots-clés :
Colonização, História das ideias, RenascimentoRésumé
Este trabalho pretende perscrutar, em uma perspectiva de longa duração, alguns dos elementos genealógicos da construção da retórica da inferioridade na Europa Renascentista, retórica que legitima a objetificação de alguns homens desde o mundo clássico, tendo tornado (em geral) legítima aos olhos do europeu, em sua formulação específica que toma de empréstimo conceitos deste mundo antigo ainda muito presente, a exploração sistemática e sem precedentes do não europeu africano e americano neste espaço geográfico da América, palco em que se desdobraram práticas sistemáticas de exploração e subjugação a partir do final do século XV e que conhecemos por “episódio da colonização”. Tal retórica é de longuíssimo fôlego, como bem sabemos, e descambará na formulação posterior do darwinismo social, permanecendo no tempo até atingir manifestações contemporâneas de práticas eugênicas, por exemplo. Mais do que indicar as permanências de uma lógica comum a atravessar o tempo, cabe sobretudo identificar as diferenças do que era próprio ao contexto europeu do Renascimento e acaba por determinar a forma particular pela qual se desenrolaram os episódios da colonização. O faremos sobretudo recuperando elementos da concepção de mundo hegemônica na Europa de então, apoiados nos trabalhos listados na bibliografia
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(c) Tous droits réservés João Batista Magalhães Prates 2022
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