ESCRAVIDÃO NO BREJO PARAIBANO
FORMAÇÃO DE FAMÍLIAS ESCRAVAS NA ALAGOA GRANDE OITOCENTISTA (1862-1872)
Mots-clés :
Escravidão, Família, ParaíbaRésumé
A historiografia oficial, propagada pelo Instituto Histórico e Geográfico Paraibano – IHGP, buscou diminuir a presença negra no interior da Paraíba, afirmando que esta população ficou restrita ao espaço litorâneo. O presente artigo, contrariando essa visão propagada pelo IHGP, busca evidenciar a presença negra no brejo paraibano, enfocando a formação de famílias escravas na cidade de Alagoa Grande oitocentista. Nesse sentido esse recorte, situado no contexto do enfraquecimento da instituição escravista, contribui com a historiografia sobre a escravidão paraibana e na cidade de Alagoa Grande, esta última até então inexistente. Resgatando histórias de vida de pessoas que, mesmo estando situados no mesmo espaço-tempo, vivenciaram a escravidão de formas distintas, constituíram famílias e enfrentaram as situações da vida de forma adversa, busco demonstrar a complexidade das relações sociais que foram tecidas na sociedade escravista brasileira, ampliando as noções antagônicas de senhor (branco) e escravizado (negro), que permearam por determinado tempo a historiografia paraibana sobre a temática.
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