CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS DO PENSAMENTO PÓS-COLONIAL E DO GIRO DECOLONIAL PARA UMA ANÁLISE DO FENÔMENO DA BELLE ÉPOQUE NA MÚSICA, FESTAS E CELEBRAÇÕES EM FORTALEZA
Palavras-chave:
Belle Époque, Colonialidade do Poder, ModernidadeResumo
Este artigo tem como objetivo debater o fenômeno da Belle Époque em Fortaleza na perspectiva da música, festas e celebrações. Compreendo, antes de mais nada, a Belle Époque como um discurso que opera dentro da lógica da colonialidade, impondo um padrão de dominação desenvolvido pela modernidade que, por sua vez, incide na realidade dos corpos colocados em dissidência em relação às estruturas de poder. Nesse sentido, reflito sobre essas questões com base na leitura de autores do pensamento Pós-Colonial e do Giro Decolonial. Acredito que esse tipo de análise funciona como uma provocação que tenciona e enriquece a nossa agenda de problemas da Teoria da História.
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