CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS DO PENSAMENTO PÓS-COLONIAL E DO GIRO DECOLONIAL PARA UMA ANÁLISE DO FENÔMENO DA BELLE ÉPOQUE NA MÚSICA, FESTAS E CELEBRAÇÕES EM FORTALEZA

Autores

  • Ana Luiza Rios Martins UECE

Palavras-chave:

Belle Époque, Colonialidade do Poder, Modernidade

Resumo

Este artigo tem como objetivo debater o fenômeno da Belle Époque em Fortaleza na perspectiva da música, festas e celebrações. Compreendo, antes de mais nada, a Belle Époque como um discurso que opera dentro da lógica da colonialidade, impondo um padrão de dominação desenvolvido pela modernidade que, por sua vez, incide na realidade dos corpos colocados em dissidência em relação às estruturas de poder. Nesse sentido, reflito sobre essas questões com base na leitura de autores do pensamento Pós-Colonial e do Giro Decolonial. Acredito que esse tipo de análise funciona como uma provocação que tenciona e enriquece a nossa agenda de problemas da Teoria da História.

Biografia do Autor

Ana Luiza Rios Martins, UECE

Doutora em História – UFPE. Participa do Grupo de Pesquisa DÍCTIS - Laboratório de Estudos e Pesquisa em História e Culturas.

Referências

BARROSO, Gustavo. Ideas e palavras. Rio de Janeiro: Livraria Editora Leite Ribeiro & Maurillo, 1917, p. 206-207.

BARROSO, Gustavo. O consulado da China. Memórias v. 3. Fortaleza: Casa José de Alencar / Edições UFC, 2000.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: Ed. UFBA, 2008.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. Curso no Collège de France (1975-1976). Tradução Maria E. Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2018.

GALENO, Juvenal. Lendas e canções populares. 5ª edição. Fortaleza: Secult, 2010.

GROSFOGUEL, Rámon. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: Transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global, Revista Crítica de Ciências Sociais, Epistemologias do Sul, n. 80, mar. 2008.

HERDER, Johann Gottfried. Ideas para una filosofia de la historia de la humanidade. Buenos Aires, Editorial Losada, 1959.

LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais - perspectivas latino-americanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina: Clacso, 2005.

MARQUES, Janote Pires. Festas de negros em Fortaleza: territórios, sociabilidades e reelaborações (1871-1900). Fortaleza: Expressão Gráfica, 2009.

MARTINS, Ana Luiza Rios. Entre o Piano e o Violão: A Modinha e os Dilemas da Cultura Popular em Fortaleza (1888-1920). São Paulo: Editora Alameda, 2016.

MIGNOLO, Walter D. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais. Vol. 32 n° 94 junho/2017.

_____. A Geopolítica do Conhecimento e a Diferença Colonial. Vol. 48, nº 48, Revista Lusófona De Educação, 2020.

PONTE, Sebastião Rogério. Fortaleza Belle Époque: Reforma urbana e controle social (1860- 1930). Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2014.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de S. e MENESES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. 2ª. ed. Coimbra: Almedina, 2018, pp. 73-116.

RATTS, Alex. Eu sou Atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Instituto Kuanza; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.

SCHWARCZ, Lilia K. Moritz. O espetáculo. das raças. São Paulo: Companhia das Letras. 1993.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? 1. ed. Trad. Sandra Regina Goulart Almeida; Marcos Pereira Feitosa; André Pereira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.

Publicado

2022-05-03

Como Citar

MARTINS, A. L. R. . CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS DO PENSAMENTO PÓS-COLONIAL E DO GIRO DECOLONIAL PARA UMA ANÁLISE DO FENÔMENO DA BELLE ÉPOQUE NA MÚSICA, FESTAS E CELEBRAÇÕES EM FORTALEZA. Revista de História Bilros: História(s), Sociedade(s) e Cultura(s), [S. l.], v. 9, n. 19, p. 63–77, 2022. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/bilros/article/view/8195. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS