A “QUEIMA DE SUTIÃS” DE 1968:

RELAÇÕES ENTRE CORPO E ROUPA NA CONSTRUÇÃO DE UM ACONTECIMENTO SIMBÓLICO FEMINISTA

Autores

  • Luiza Helena Lobo Cordeiro UFC
  • Maria Dolores de Brito Mota UFC

Palavras-chave:

Feminismo, Moda, Seios, Sutiã

Resumo

A intenção deste estudo é refletir sobre a manifestação “Queima de sutiãs” analisando as relações entre moda, corpo e feminismo buscando entender os processos que a tornaram um acontecimento símbolo da luta feminista. Ao longo da história observa-se que as relações entre moda e corpo constituem-se elementos de subordinação e de libertação das mulheres, ao estabelecer estereótipos femininos adequados aos sistemas de dominação patriarcal, mas também, exprimir insubordinação quando as mulheres usam as roupas e o corpo para contestar padrões de beleza que representavam a submissão. O final dos anos 1960, contexto histórico da manifestação, foi palco de mudanças na posição social das mulheres e nos valores culturais tendo emergido um feminismo libertário que problematizou a autonomia das mulheres sobre seu próprio corpo. Os seios estão ligados à maternidade e à sedução, papéis manipulados pela cultura patriarcal e seus estereótipos femininos contra os quais as feministas contestavam e pretenderam realizar um protesto para queimar os sutiãs e outros objetos símbolos do estereótipo de beleza com uma fogueira publica que não existiu, mas que ficou conhecido como a “Queima dos Sutiãs”.

Biografia do Autor

Luiza Helena Lobo Cordeiro, UFC

Designer de Moda. Universidade Federal do Ceará – UFC. E-mail: luiza_hlc@hotmail.com

Maria Dolores de Brito Mota, UFC

Doutora em Sociologia, Institututo de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará. Universidade Federal do Ceará – UFC. E-mail: domota@uol.com.br

Publicado

2022-02-01

Como Citar

CORDEIRO, L. H. L.; MOTA, M. D. de B. . A “QUEIMA DE SUTIÃS” DE 1968: : RELAÇÕES ENTRE CORPO E ROUPA NA CONSTRUÇÃO DE UM ACONTECIMENTO SIMBÓLICO FEMINISTA. Revista de História Bilros: História(s), Sociedade(s) e Cultura(s), [S. l.], v. 6, n. 13, 2022. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/bilros/article/view/7884. Acesso em: 23 abr. 2024.