A DEFESA DO PENSAR ESPECULATIVO EM HEGEL

Autores

  • Fernando Monteiro dos Santos

Palavras-chave:

Lógica, Metafísica, Especulação

Resumo

Este presente trabalho busca expor, com base na Ciência da Lógica (1812) e na Enciclopédia das ciências filosóficas (1830) o que Hegel compreende por pensar especulativo, e como se apresenta tal pensar na medida em que se opõe às filosofias do entendimento, a saber, a de Kant e de Fichte, prevalentes ainda naquela época. Para Hegel, o empreendimento kantiano não possibilitou nenhum avanço no que concerne à Lógica, visto que esta última permaneceu tal qual se encontrava na tradição filosófica, ao mesmo tempo em que a metafísica terminou destituída de seu estatuto de ciência. Isso porque Kant sustentava a impossibilidade de conhecimento dos objetos tradicionais da metafísica, pois todo conhecimento teria como pressuposto a relação entre experiência sensível e entendimento. Portanto, Hegel pensa uma nova lógica, não nos moldes da tradição filosófica das escolas, mas que se apresenta, igualmente, como ontologia e, portanto, que busca compreender a realidade na sua totalidade, seja na expressão da natureza seja do espírito. Nesse sentido a sua proposta ultrapassa, quer a metafísica dogmática, quer a lógica das escolas.

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Referências

HEGEL, G.W.F. Enciclopédia das Ciências Filosóficas [1830].Trad. br. Paulo Menezes. São Paulo, Edições Loyola, 2005.

______.Ciência da Lógica [1812]. Trad. br. Christian G. Iber, Marloren L. Miranda e Federico Orsini. Petrópolis RJ, Vozes, 2016.

KANT, I. Crítica da Razão Pura [1781]. Trad. br. J. Rodrigues de Merege. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2014.

_____. Prolegómenos a Qualquer Metafísica Futura [1783]. Trad. br. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo, Estação Liberdade, 2014.

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Publicado

2021-07-06

Como Citar

MONTEIRO DOS SANTOS, F. A DEFESA DO PENSAR ESPECULATIVO EM HEGEL . Polymatheia - Revista de Filosofia, [S. l.], v. 11, n. 18, 2021. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revistapolymatheia/article/view/5822. Acesso em: 25 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos