Exu e o imaginário sociológico da cultura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52521/opp.v22n47.12245

Palavras-chave:

Exu, Sociologia, Cultura, Anticolonial

Resumo

Este artigo apresenta e problematiza algumas questões levantadas pela exposição Festa, baia, gira, cura, do antropólogo e artista Jean dos Anjos, em Fortaleza, junto ao Centro Cultural Dragão do Mar onde foi instalado um painel com a frase Exu te ama. A exposição foi objeto de debate social e político local e nacional, causando desconforto nos setores conservadores da sociedade, que questionaram o evento artístico e demandaram a retirada da frase. Com base nas proposições e efeitos sociais da exposição, o artigo traça uma reflexão sobre a pertinência de uma teoria anticolonial e nativa da cultura, na Sociologia, que considere os conceitos endógenos como possibilidade explicativa dos fenômenos, tomando Exu como artefato epistêmico de provocação do imaginário sociológico da cultura. O debate anticolonial, nos seus diferentes formatos, é mobilizado neste artigo como elemento crítico para pensar a Sociologia da Cultura no Sul global, tomando as epistemes anticoloniais como instrumento de um debate sociológico emergente e necessário no confronto com uma Sociologia global e local marcadamente eurocentrada.

Biografia do Autor

Ricardo Carvalho Nascimento, Universidade da Integração Internacional e da Lusofonia Afro-Brasileira- UNILAB

Doutor em Antropologia pela Universidade Nova de Lisboa. Mestre de capoeira. Professor do Instituto de Humanidades da Unilab. Professor colaborador do programa de Pós-graduação em Sociologia da Universidade Estadula do Ceará.

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Publicado

2024-12-23

Como Citar

NASCIMENTO, R. C. Exu e o imaginário sociológico da cultura. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 22, n. 47, p. 39–58, 2024. DOI: 10.52521/opp.v22n47.12245. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/12245. Acesso em: 30 dez. 2024.