Pensamento e Reificação

Arte e História em Walter Benjamin e Hannah Arendt

Autores

  • Davi Galhardo

Palavras-chave:

Pensamento, Reificação, Arte, História, Política

Resumo

A história da amizade entre Hannah Arendt e Walter Benjamin já é bastante conhecida do público brasileiro. Todavia, sua semelhante atenção ao fenômeno da obra de arte e a relação deste com a história tem sido descurada por grande número de seus intérpretes e/ou críticos. Por certo, isso se justifica pelo fato de que no tocante à história ambos dispunham de interesse idêntico, contudo, no que tange à arte Benjamin demonstrou um apetite (e destaque) mais expressivo do que Arendt. Ainda assim, é possível assinalar que as noções de ambos sobre arte e história se encontram formuladas em um sentido comum. Destarte, nossa hipótese é que com base nos conceitos de pensamento (thought / habe gedacht) e reificação (reification / Verdinglichung) torna-se possível articular aqui uma aproximação entre as reflexões teóricos-sociais e filosófico-estéticas desenvolvidas por Walter Benjamin e por Hannah Arendt, que permite pensar de forma mais alargada a potência e a profundidade da intenção social e política dos trabalhos engendrados por esses intelectuais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMIEL, Annie. Le vocabulaire de Hannah Arendt. Paris: Ellipses Edition, 2007.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2019.

______. Entre o passado e o futuro. Tradução Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2016.

______. Origens do totalitarismo. Tradução Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das letras, 2013.

______. Homens em tempos sombrios. Tradução Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das letras, 1987.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica. Tradução Gabriel Valladão Silva. Porto Alegre: L&PM, 2017a.

______. Imagens de pensamento – sobre o haxixe e outras drogas. Tradução João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2017b.

______. Obras escolhidas I. Tradução Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2012.

______. Sobre o conceito de história. In: LÖWY, Michael. Walter Benjamin, aviso de incêndio: uma leitura das teses sobre o conceito de história. Tradução Jeanne-Marie Gagnebin. Marcos Lutz Müller. São Paulo: Boitempo, 2005. p. 33-159.

CORREIA, Adriano. Hannah Arendt. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

DEBORD, Guy. La société du spectacle. Paris: Gallimard, 2017.

DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo: textos clássicos de estética. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

FERRY, Luc. Homo aestheticus: a invenção do gosto na era democrática. Tradução Eliana Maria de Melo Souza. São Paulo: Ensaio, 1994.

GAGNEBIN, Jeanne-Marie. Walter Benjamin ou a história aberta. In: BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I. Tradução Sergio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 2012. p. 07-20.

HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do espírito. Tradução Paulo Meneses. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

______. Cursos de estética I. Tradução Marco Aurélio Werlle. São Paulo: EdUSP, 2001.

LUKÁCS, Georg. História e consciência de classe: estudos sobre a dialética marxista. Tradução Rodnei Nascimento. São Paulo: Martins fontes, 2003.

WATSON, David. Hannah Arendt. Tradução Luiz Antonio Aguiar. Marisa Sobral. Rio de Janeiro: Difel, 2001.

Downloads

Publicado

2022-07-11

Como Citar

GALHARDO, D. Pensamento e Reificação: Arte e História em Walter Benjamin e Hannah Arendt. Kalagatos , [S. l.], v. 19, n. 2, p. eK22023, 2022. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/7915. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos