Natureza e deliberação em Aristóteles:
Uma aproximação em diálogo com Pierre Aubenque
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v14i1.6248Palavras-chave:
Natureza e contingência em Aristóteles, Ontologia da contingência em Aristóteles, Natureza, Deliberação e Política em AristótelesResumo
O presente artigo versa sobre uma possível interpretação da natureza em Aristóteles que corresponda à exigência da viabilidade da deliberação para a ação humana, ou seja, sobre o problema da articulação da natureza com a contingência como seu momento interno. Para isso, propõe-se a visualização de um percurso teórico que apresenta brevemente o conceito de natureza desde a Física aristotélica até a interpretação da possibilidade de uma ontologia da contingência no pensamento do Estagirita, o que é realizado com base na hipótese interpretativade Pierre Aubenque. A consequência da defesa do estabelecimento de um lugar para a indeterminação e a imprevisibilidade, características da ação humana, fortalece a concepção de deliberação e demonstra a importância deste conceito para a política em Aristóteles, algo que justifica a relevância da presente proposta de trabalho.
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