Natureza e deliberação em Aristóteles:

Uma aproximação em diálogo com Pierre Aubenque

Autores

  • José Edmar Lima Filho
  • Eduardo Ferreira Chagas

DOI:

https://doi.org/10.23845/kalagatos.v14i1.6248

Palavras-chave:

Natureza e contingência em Aristóteles, Ontologia da contingência em Aristóteles, Natureza, Deliberação e Política em Aristóteles

Resumo

O presente artigo versa sobre uma possível interpretação da natureza em Aristóteles que corresponda à exigência da viabilidade da deliberação para a ação humana, ou seja, sobre o problema da articulação da natureza com a contingência como seu momento interno. Para isso, propõe-se a visualização de um percurso teórico que apresenta brevemente o conceito de natureza desde a Física aristotélica até a interpretação da possibilidade de uma ontologia da contingência no pensamento do Estagirita, o que é realizado com base na hipótese interpretativade Pierre Aubenque. A consequência da defesa do estabelecimento de um lugar para a indeterminação e a imprevisibilidade, características da ação humana, fortalece a concepção de deliberação e demonstra a importância deste conceito para a política em Aristóteles, algo que justifica a relevância da presente proposta de trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, N. E. de. Outra batalha naval: elementos para uma nova interpre-tação da fundamentação lógica e ontológica da liberdade em Aristóteles (Da interpretação, Capítulo 9). Revista Veritas, v. 54, n. 1, Porto Alegre, jan/mar 2009, p. 185-216.

AQUINO, T. Commentary on Aristotle’s Politics. Cambridge: Hackett, 2007.ARISTÓTELES. Metafísica. Porto Alegre: Editora Globo, 1969.

_____________. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1984.

_____________. Política. Madrid: Editorial Gredos, 1988.

_____________.Analíticos primeros. In: ARISTÓTELES. Tratados de Lógica (Órganon). Volume II. Madrid: Editorial Gredos, 1995a.

_____________. Física. Madri: Editorial Gredos S.A., 1995b

._____________. Sobre la interpretación. In: ARISTÓTELES. Tratados de Ló-gica (Órganon). Volume II. Madrid: Editorial Gredos, 1995c

.____________. Tópicos. In: ARISTÓTELES. Tratados de Lógica (Órganon). Volume I. Madrid: Editorial Gredos, 2000

._____________. Partes dos animais. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2010.

AUBENQUE, P. A prudência em Aristóteles. São Paulo: Discurso Editorial & Paulus, 2008

._____________. Aristóteles era comunitarista? Dissertatio. Revista de Filoso-fia. Edição comemorativa (19-20), Pelotas, 2004, p. 5-20.

BODÉÜS, R.Aristóteles. A justiça e a cidade. São Paulo: Loyola, 2007.

BORNHEIM, G. A. (org.) Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 2000.

ROSS, W. D. Aristóteles. Buenos Aires: Editorial Charcas, s/d.PUENTE, F. R. Por que o movimento é a essência da natureza? (Phys. III 1-3). Kriterion. Belo Horizonte, n. 122, Dez/2010, p. 505-519.

LIMA F., J. E.; CHAGAS, Eduardo F. Natureza e Deliberação em Aristóteles. p. 67-80.VEGA, L. Tà éndoxa: argumentación y plausibilidad. Endoxa: Séries Filosófi-cas, n. 1, 1993, p. 5-19.

ZINGANO, M. Deliberação e indeterminação em Aristóteles. In: ZINGANO, M. Estudos de Ética Antiga. São Paulo: Discurso Editoral, 2007, p. 243-276

.____________. Particularismo e universalismo na Ética aristotélica. Revista Analytica, v. 1, n. 3, Rio de Janeiro, 1996, p. 75-100.

Downloads

Publicado

2021-07-16

Como Citar

EDMAR LIMA FILHO, J.; FERREIRA CHAGAS, E. Natureza e deliberação em Aristóteles:: Uma aproximação em diálogo com Pierre Aubenque. Kalagatos , [S. l.], v. 14, n. 1, p. 67–80, 2021. DOI: 10.23845/kalagatos.v14i1.6248. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/kalagatos/article/view/6248. Acesso em: 5 maio. 2024.