Marcuse e o biopoder:
Como a liberdade sexual transforma-se em um instrumento de controle social
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v13i27.6222Palavras-chave:
Teoria crítica, Marcuse, BiopoderResumo
Proponho mostrar uma interpretação de “Homem unidimensional” acerca da liberdade dos corpos na sociedade industrial. Se outrora houve uma grande promessa da técnica de promover a liberdade pela Razão, o que ocorreu foi um paradoxo nessa sociedade industrial como sujeita a uma irracionalidade na dependência das necessidades e carências o que, por fim, constituem os indivíduos imersos nessa unidimensionalidade. Nessa imersão há um “controle social” caracterizado pela utilização das necessidades como instrumentos de cooptação na produção e no consumo no interior da sociedade industrial. A liberdade sexual ou dos corpos está submetida a esta forma de cooptação ideológica por parte das necessidade e consumos no interior dessa sociedade. O que podemos ver é que há uma forma de “biopoder” nesse “controle” que vai para além da mera sociedade
repressiva, trata-se de uma transformação de substituições e sublimações de desejos e das forças libidinais em novas formas
de necessidades e consumos que submetem a liberdade e, particularmente, a liberdade sexual e dos corpos ao controle social.