Os movimentos da alma na contemplação da natureza em Rousseau
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v10i20.6078Palavras-chave:
Contemplação, Natureza, Rousseau, SentimentoResumo
Discuto neste artigo alguns temas relacionados à contemplação da natureza em Rousseau. A partir das análises de Henri Gouhier, procuro mostrar que a proximidade entre Deus e natureza, realizada por Rousseau, é fundamentada sempre sobre um Deus
transcendente, ainda que os êxtases contemplativos dos Devaneios do caminhante solitário pareçam panteístas.
O prazer derivado do sentimento de existência, alcançados nos êxtases contemplativos de Rousseau, revelam um duplo movimento da alma que se expande sobre a natureza ao mesmo tempo em que se dobra sobre si mesmo, num movimento de retração.