Divertissement, segunda natureza e história:
Considerações sobre a leitura benjaminiana dos pensamentos de Blaise Pascal
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v3i5.5717Palavras-chave:
DIVERTISSEMENT, SEGUNDA NATUREZA, HISTÓRIA, BENJAMIN, PASCALResumo
Este artigo estabelece um diálogo com a interpretação benjaminiana do barroco do século 17, particularmente com relação à sugestão que esta interpretação faz quanto ao pensamento de Blaise Pascal. Segundo Walter Benjamin, no conceito de divertissement o pensamento pascaliano expressa a época barroca, pois representa a vida como jogo, espetáculo e máscara; contudo, esta representação lúdica da vida expressaria, no barroco, uma concepção naturalista da vida histórica. Neste artigo, pretende-se demonstrar que, com o conceito de “segunda natureza”, que é fundamento do de divertissement, Pascal elabora um pensamento histórico não-naturalista.