Do eros à ética:
Caminhos do desejo nos ditos e no dizer de E. Levinas
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v2i4.5674Palavras-chave:
Ética, Subjetividade, Desejo, Dito, DizerResumo
O presente artigo pretende mostrar os deslocamentos e permanências fundamentais na formulação do conceito de Desejo ao longo da investigação filosófica de E. Levinas. Tais deslocamentos e permanências encontram-se em estreita relação com o abandono do horizonte ontológico e a formulação da ética como filosofia primeira, mediada pela reflexão sobre a linguagem. A elaboração da crítica ao horizonte totalizador da ontologia se encontra em estreita relação com a permanência da exigência da subjetividade como um horizonte intranscendível. A partir desta exigência de permanência do horizonte de liberdade aberto pela noção moderna de sujeito, Levinas intenta, contudo, libertar do ensimesmamento tal categoria, e o faz a partir de uma tematização da subjetividade centrada na constituição pela relação com o absolutamente outro, pela relação ética ou relação posta em ação como desejo metafísico.