O drama da alegoria no século XVII
DOI:
https://doi.org/10.23845/kalagatos.v1i2.5636Palavras-chave:
Walter Benjamin, história, século XVII, cultura, estagnação conceitual, pensamento, facies hippocratica, Trauerspiel, política, obras-de-arte, ethos histórico, imagens-do-pensamento, memóriaResumo
A perda do ethos representada na idéia do Trauerspiel caracteriza, no pensamento de Walter Benjamin, a facies hippocratica da História. Esse conceito de physis do século XVII, é interpretado, como a pré-história do processo de transformação da cultura em barbárie no seu estágio tecnicista. O fenômeno da estagnação conceitual em que o saber é posse (Haben) repercute no estado de indefinição e melancolia. A rememoração (Eingedeken) nas imagens do pensamento (Denkbilder) reage atualizando a tradição, para reconciliar o belo com a verdade e instaurar o desfecho messiânico.
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