Spinoza, Nietzsche, Deleuze - Brevíssimas variações em torno da grande identidade

Autores

  • Mauricio Rocha Faculdade de Educação da Baixada Fluminense UERJ

Palavras-chave:

Nietzsche. Deleuze. Expressionismo. Univocidade.

Resumo

Spinoza e Nietzsche liberaram a Filosofia do seu ideal de fundação metafísica, destituíram a consciência de suas pretensões conhecimento, combateram o modelo ataráxico ou apático na ética, recusaram o voluntarismo na política. Ambos renovaram o sentido da atividade filosófica e propuseram uma outra concepção do amor e da crítica: filosofar não é aprender a dominar as paixões, aprender a morrer, aprender a amar o real “tal qual ele é”, “tal qual ele deveria” ou “poderia ser” – mas pensá-lo e avaliá-lo em seu devir ativo. Com eles, a Filosofia se definirá como atividade intempestiva cujo objetivo é a liberação: seja como forma de expressão (ordine geométrico, aforismo), de experimentação (do que nos fortalece, ou nos dá alegria), de crítica da superstição e dos postulados da moral “para entristecer os tiranos”, para “vencer o negativo e seus falsos prestígios”, para “prejudicar a tolice” – tal como nota Deleuze, que de ambos se apropria em favor de seu próprio devir filosófico.

 

Abstract

Spinoza e Nietzsche freed philosophy of its idea of metaphysical foundation,  dismissing conscience of its pretensions, fighting the ataractic and apathetic model in Ethics , refusing a political volunteering. They both renewed the senses on philosophical activity proposing new conceptions of love and critics. Practicing philosophy is not about dominating passions or learning how to die, it’s not love for reality the way it is, or its supposed to be but it’s to think and evaluate reality in its active becoming. With them philosophy is defined as a stormy activity which aims to freedom: be it as expression of itself (ordine geométrico), be it as experimentation (of the things that make us happy, brings joy), critics on superstitions and moral rules “to make the tirans unhappy”, “to defeat the negative and its false prestige “ – as noticed by Deleuze – who uses both in his own sake.

Key-words: Nietzsche. Deleuze. Expressionism. Univocity.

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Publicado

02-09-2008

Como Citar

Rocha, M. (2008). Spinoza, Nietzsche, Deleuze - Brevíssimas variações em torno da grande identidade. Revista Conatus - Filosofia De Spinoza (ISSN 1981-7509), 2(3), 69–81. Recuperado de https://revistas.uece.br/index.php/conatus/article/view/1781