Anotações para uma clínica do improviso com Baruch Spinoza
DOI:
https://doi.org/10.52521/conatus.v16i27.13676Palavras-chave:
Psicologia Clínica. Esquizoanálise. Dança. Improvisação. Spinoza.Resumo
Neste ensaio trataremos de pensar a prática clínica a partir da esquizoanálise à luz de Benedictus de Spinoza, com o intuito de compreender as influências epistemológicas da esquizoanálise e pensar em suas possíveis implicações na clínica psicológica. Construímos um percurso de pensamento sobre a clínica no encontro com a imanência, em especial, na prática de improvisar na dança, constituindo o que chamamos de “clínica do improviso”. A improvisação na dança como um fazer estético-político se mostra de grande importância para a prática clínica psicológica, pois permite ordenar a vida e compor sem deformar. Possibilita encontrar no outro algo que faz diferenciar a própria potência, considerando que improvisar é compor relações com outros corpos exteriores e interiores.
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