A fundação da política e a instituição do Direito a partir da crítica de Espinosa ao universalismo moral kantiano

Autores

  • Francisco Yrallyps Mota Chagas Universidade Federal do Ceará - UFC

DOI:

https://doi.org/10.52521/conatus.v16i27.13418

Palavras-chave:

Conatus. Potência. Direito. Universalismo Moral. Ética.

Resumo

A filosofia de Baruch de Espinosa (1632-1677), filósofo holandês do século XVII, é oposta à filosofia de Immanuel Kant (1724-1804), filósofo alemão do século XIX. Dentre outras razões, a filosofia espinosana refuta qualquer perspectiva que se baseie em fundamentos universalmente válidos para o ajuizamento das condutas humanas, como defendia Kant. O objetivo deste trabalho é expor a crítica de Espinosa ao universalismo moral kantiano e, partindo das premissas defendidas pelo filósofo, indicar parâmetros que torne possível defender uma teoria política e uma teoria do direito compatíveis com o sistema filosófico espinosano.

Biografia do Autor

Francisco Yrallyps Mota Chagas, Universidade Federal do Ceará - UFC

Doutorando em Filosofia na Universidade Federal do Ceará - UFC.

Referências

ALVES, Rogério Pacheco. O Dna Kantiano dos Direitos Humanos e Sua Crítica a Partir da Filosofia Imanente de Spinoza. 2015. Tese (Doutorado em Direito) – Departamento de Direito, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2015.

CHAUÍ, Marilena. Alegria do pensamento e liberdade. In: Revista do Instituto Humanitas. Unisinos, n. 397, Ano XII, 2012, p. 15-23.

CHAUÍ, Marilena. Desejo, paixão e ação na ética de Espinosa. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

CHAUÍ, Marilena. Espinosa: Poder e Liberdade. In: FILHO, Agassiz Almeida; BARROS, Vinícius Soares de Campos (Org.). Novo Manual de Ciência Política. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2013, p. 115-147.

CORTINA, Adela; MARTÍNEZ, Emilio. Ética. São Paulo: Loyola, 2013.

DELEUZE, Gilles. A vida como obra de arte. In: Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.

DELEUZE, Gilles. Espinosa: Filosofia Prática. São Paulo: Escuta, 2002.

FERREIRA, Maria Luísa Ribeiro. Um iconoclasta panenteísta. In: Revista do Instituto Humanitas. Unisinos, n. 397, Ano XII, 2012, p. 7-14.

GEBHARDT, Carl. O nome de Spinoza. Tradução de Acelino Pontes, Revisão de Sérgio L. Persch e Nota introdutória de Emanuel Angelo da Rocha Fragoso. Revista Conatus - Filosofia de Spinoza. v. 6, n. 11, 2012, p. 89-93. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/conatus/issue/view/150. Acesso em: 27 jun. de 2024.

GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Nietzsche x Kant: uma disputa permanente a respeito de liberdade, autonomia e dever. São Paulo: Casa do saber, 2012.

GOYARD-FABRE, Simone. Os fundamentos da ordem jurídica. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

GUIMARAENS, Francisco de. Direito, Ética e Política em Spinoza: uma cartografia da imanência. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.

HÖFFE, Otfried. Immanuel Kant. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

KANT, Immanuel. Crítica da Razão Prática. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Lisboa: Edições 70, 2007.

NEGRI, Antonio. A anomalia selvagem: poder e potência em Espinosa. São Paulo: 34/Politeia, 2018.

NEGRI, Antonio. Espinosa subversivo e outros escritos. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.

SPINOZA, Benedictus de. Ética. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2018.

SPINOZA, Benedictus de. Spinoza: obra completa II: correspondência completa e vida. São Paulo: Perspectiva, 2014.

SPINOZA, Benedictus de. Tratado da emenda do intelecto: Espinosa. Campinas: Unicamp, 2015.

SPINOZA, Benedictus de. Tratado Político. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.

SPINOZA, Benedictus de. Tratado Teológico-Político. Tradução Diogo Pires Aurélio. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

Arquivos adicionais

Publicado

28-01-2025

Como Citar

Chagas, F. Y. M. (2025). A fundação da política e a instituição do Direito a partir da crítica de Espinosa ao universalismo moral kantiano. Revista Conatus - Filosofia De Spinoza (ISSN 1981-7509), 16(27), 71–81. https://doi.org/10.52521/conatus.v16i27.13418