Sobre a definição de afeto na EIII de Benedictus de Spinoza

Autores

  • Francisca Juliana Barros Sousa Lima Universidade Federal do Ceará - UFC

Palavras-chave:

Spinoza. Ética. Afeto.

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar as definições de afeto presentes na terceira parte da Ética de Benedictus de Spinoza (1632-1677). A primeira definição de afeto está no início da EIII, enquanto a segunda está no final da mesma parte (Definição geral dos Afetos). É importante salientar que, na EIIIDef.3, a noção de afeto envolve paixões e ações. Na definição presente no final da EIII, o afeto é entendido como paixão do ânimo. A partir dessas considerações, resta-nos o seguinte questionamento: existem divergências entre as definições de afeto, apresentadas na EIII, ou essas se complementariam? Além disso, analisaremos as especificidades que envolvem as noções de paixão (afeto passivo) e ação (afeto ativo).

Biografia do Autor

Francisca Juliana Barros Sousa Lima, Universidade Federal do Ceará - UFC

Mestra em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) e doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará. Integrante do grupo de pesquisa GT Benedictus e Spinoza - UECE. 

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Arquivos adicionais

Publicado

22-06-2024

Como Citar

Barros Sousa Lima, F. J. (2024). Sobre a definição de afeto na EIII de Benedictus de Spinoza. Revista Conatus - Filosofia De Spinoza (ISSN 1981-7509), 15(26 - Dezembro), 29–33. Recuperado de https://revistas.uece.br/index.php/conatus/article/view/13378