A atividade simultânea do corpo e da mente como potências ativas a partir dos afetos alegres relacionados à mente na Ética de Benedictus de Spinoza
Palavras-chave:
Causas adequadas. Ética. Ideias adequadas. Spinoza.Resumo
Benedictus de Spinoza (1632-1677) desenvolveu uma filosofia cujos pressupostos práticos não se fundamentaram em normas deontológicas, isto é, para o dever ou a salvação. Em sua obra maior, Ética, o holandês demonstra-nos que o conhecimento dos afetos da alegria e do desejo relacionados à mente, a citar a firmeza e a generosidade, potencializam nossa liberdade e autonomia. Entretanto, conclui que as ideias e a causas adequadas são primordiais para compreendermos esse conhecimento. Dado o exposto, analisaremos sistematicamente sua obra maior, Ética, e, como apoio secundário, outros manuscritos do autor, comentadores, etc., para investigação da seguinte hipótese: a Ética é um caminho para pensarmos a construção de uma sociedade mais autônoma e livre. Portanto, a potência (conatus) de conhecer e compreender as verdadeiras Leis da Natureza de Deus e de nossa natureza determinada se dá a partir da reflexão do pensamento, isto é, da investigação segundo ideias e causas adequadas.
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