As noções de corpo e mente na Ética de Benedictus de Spinoza

Autores

  • Isabel Maria Pinheiro Arruda Universidade Estadual do Ceará - UECE

Palavras-chave:

Benedictus de Spinoza, Corpo, Mente, Afetos

Resumo

A Filosofia de Benedictus de Spinoza foi desde o princípio uma tentativa de superação do dualismo substancial, que opunha radicalmente corpo e mente. Com a intenção de refutar as afirmações filosóficas que sustentavam esta separação entre corpo e mente. Spinoza parte de sua concepção da substância única, composta por infinitos atributos, formulada na Parte 1 da Ética para construir suas definições de corpo e mente, demonstrando sua teoria, e, refutando as concepções em contrário. Porém, destes infinitos atributos da substância única, apenas dois podem ser conhecidos pelos homens: o pensamento e a extensão. À equiparação do corpo e da mente se impõe uma questão para Spinoza que versa sobre “o que pode um corpo?”. É a partir do conhecimento do corpo e da mente e pelo grau de conatus que esta filosofia nos faz perceber que a individualidade de cada corpo se dá pela sua capacidade de ser afetado e reagir aos afetos.

Biografia do Autor

Isabel Maria Pinheiro Arruda, Universidade Estadual do Ceará - UECE

Graduada em FILOSOFIA, ESPECIALISTA EM METODOLOGIA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO e ESPECIALISTA EM TEORIA E PESQUISA EM HISTÓRIA, Mestre em Filosofia pela UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE.

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Arquivos adicionais

Publicado

22-10-2023

Como Citar

Pinheiro Arruda, I. M. (2023). As noções de corpo e mente na Ética de Benedictus de Spinoza. Revista Conatus - Filosofia De Spinoza (ISSN 1981-7509), 5(10 - Dezembro), 45–56. Recuperado de https://revistas.uece.br/index.php/conatus/article/view/11193