ANÁLISE PROTEICA E ESTRUTURAL DA MUSCULATURA DIAFRAGMÁTICA E DO FÍGADO DE RATAS PÓS- IMOBILIZAÇÃO COM TERAPIA AQUÁTICA

Autores

  • Aline Dourado VIEIRA Centro Universitário Estácio do Ceará
  • Flávia Helena Germano BEZERRA Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza
  • Jéssica Sousa VALENTIM Centro Universitário Estácio do Ceará, Fortaleza
  • Raquel Magalhães Castelo Branco CRAVEIRO Laboratório de Bioquímica e Expressão Gênica da Universidade Estadual do Ceará
  • Carla Andressa Andrade dos SANTOS Laboratório de Bioquímica e Expressão Gênica da Universidade Estadual do Ceará
  • Karla Camila Lima de SOUZA Laboratório de Bioquímica e Expressão Gênica da Universidade Estadual do Ceará
  • Vânia Marilande CECCATTO Laboratório de Bioquímica e Expressão Gênica da Universidade Estadual do Ceará
  • Francisco Fleury Uchoa SANTOS JÚNIOR Laboratório de Bioquímica e Expressão Gênica da Universidade Estadual do Ceará

Palavras-chave:

Imobilização, diafragma, fígado

Resumo

A imobilização é uma prática comum na reabilitação de lesões musculoesqueléticas, mas que pode, por sua vez, ocasionar, adicionalmente, diversos danos à estrutura inicialmente comprometida. Dentre os recursos empregados para reverter os danos oriundos da imobilização, a principal foi a terapia aquática que, aliada aos efeitos benéficos da imersão em água auxilia nos ajustes fisiológicos do corpo. O objetivo do presente estudo foi analisar o conteúdo proteico e estrutural da musculatura diafragmática e hepática de ratas pós-imobilização com terapia aquática. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética para o Uso de Animais da Universidade Estadual do Ceará, sob o protocolo nº 1122178 de 05/10/2017. Foram utilizadas 32 ratos, fêmeas, Wistar, divididas em quatro grupos: Controle (CTR), Imobilizado (I), Terapia Aquática (TA) e Imobilizado/Terapia Aquática (ITA). A imobilização ocorreu no membro posterior direito, incluindo a pelve, o quadril, fêmur, o joelho (extensão), tíbia e tornozelo (flexão plantar), durante duas semanas. A terapia aquática ocorreu durante seis dias por semana, ao longo de duas semanas. Após esse período, os animais foram eutanasiados e as estruturas de interesse dissecadas: diafragma e fígado. Para avaliação muscular e hepática, foi realizada uma dosagem de proteínas. O trofismo muscular foi calculado pela razão entre o peso úmido do músculo diafragmático (mg) e o peso corporal final (g) dos animais. Os dados foram analisados por Anova-One-Way, com p<0,05 e teste de Brown-Forsythe e Kruskal-Wallis, além de uma correlação de Pearson. Os resultados foram expressos em média ± erro padrão da média. O processo de não utilização por duas semanas, associados ao tratamento de terapia aquática não foi capaz de alterar significativamente o conteúdo proteico e estrutural da musculatura diafragmática e das reservas hepáticas.

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Publicado

2023-08-04

Como Citar

VIEIRA, A. D.; BEZERRA, F. H. G.; VALENTIM, J. S.; CRAVEIRO, R. M. C. B.; SANTOS, C. A. A. dos; SOUZA, K. C. L. de; CECCATTO, V. M.; SANTOS JÚNIOR, F. F. U. ANÁLISE PROTEICA E ESTRUTURAL DA MUSCULATURA DIAFRAGMÁTICA E DO FÍGADO DE RATAS PÓS- IMOBILIZAÇÃO COM TERAPIA AQUÁTICA. Ciência Animal, [S. l.], v. 28, n. 1, p. 47–55, 2023. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/cienciaanimal/article/view/11118. Acesso em: 19 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais