“PAI NÃO AJUDA, PAI CUIDA”

UMA LEITURA SOBRE A PATERNIDADE ATIVA

Autores

  • Tuany Abreu de Moura Universidade Estadual do Ceará - UECE / UFC
  • Francisco José Gomes Damasceno Universidade Estadual do Ceará - UECE

Palavras-chave:

paternidade ativa, masculinidades, Instagram e afetividade

Resumo

Por volta de 2015 o termo paternidade ativa passou a ter visibilidade nas redes sociais. Esse termo vem sendo utilizado como um elemento de distinção entre a paternidade tradicional que apresenta o pai como pai-provedor e uma “nova” forma de ser pai contemporânea que participa ativamente na economia do cuidado com os filhos e o lar e se propõe a dar uma educação embasada no respeito e empatia pela criança, esta entendida como um sujeito de direitos. Neste trabalho, buscamos demonstrar um dos elementos que caracteriza a paternidade ativa. Para isso acompanhamos as redes sociais de pais e influenciadores no Instagram no período de 2018-2021, o estudo foi realizado com uma abordagem qualitativa, ancorado no método da etnografia com a utilização das técnicas de observação participante, anotações em diário de campo e entrevistas. Como resultado desse estudo caracterizamos e conceituamos sociologicamente a paternidade ativa.

Biografia do Autor

Tuany Abreu de Moura, Universidade Estadual do Ceará - UECE / UFC

Mestranda em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará- UFC. Graduada em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Integrante do NUSS Bolsista Capes. Integrante do DÍCTIS-UECE.

Francisco José Gomes Damasceno, Universidade Estadual do Ceará - UECE

Doutor em História Social (PUC-SP). Pós Doutor (UNL-PT). Coordenador DÍCTIS. Professor Associado - Universidade Estadual do Ceará - UECE.

Referências

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Tradução- Dora Flaksman. 2.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

BERNARDI, Denise. Paternidade e cuidado: “novos conceitos”, velhos discursos. Psicologia Revista. Vol. 26, n.1, p.59-80, 2017. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/psicorevista/article/view/28743>. Acessado em 06 out. 2021.

CONNELL, Raewyn. Gênero: uma perspectiva global. Tradução: Marília Moschkovich. São Paulo: nVersos, 2015.

CONNELL, Robert W. Políticas da masculinidade. Educação e Realidade. v. 20, n. 2, p.185-206, 1995. Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/71725>. Acesso em: 07 ago. 2019.

CORNEAU, Guy. Pai ausente, filho carente. Tradução - Fernanda Silva Rando. Barueri, SP. Manole, 2015.

CHAUVIN, Sébastien. JOUNIN, Nicolas. A observação direta. In: PAUGAM, Serge (coord.). A pesquisa sociológica. Tradução Francisco Morás. Petrópolis, RJ: Editora vozes, 2015.

FLICK, Uwe. Desenho da pesquisa qualitativa. Tradução Roberto Cataldo Costa; Porto Alegre: Artmed, 2009.

GIDDENS, Anthony. A transformação da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. Tradução: Magda Lopes. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1993.

GOMES, Aguinaldo José da Silva. RESENDE, Vera da Rocha. O pai presente: o desvelar da paternidade em uma família contemporânea. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 20, n. 2, p. 119-125. mai./ago. 2004. Disponivel em: <http://www.scielo.br/pdf/ptp/v20n2/a04v20n2.pdf>. Acesso em: 07 jun. 2019.

HOOKS, Bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Tradução: Ana Luiza Libânio. 2ª ed. Rio de Janeiro: Rosa dos tempos, 2018.

________. Teoria Feminista: da margem ao centro. Tradução: Rainer Patriota. São Paulo: Perspectiva, 2019.

NELSEN, Jane. Disciplina positiva. Tradução Bernadette Pereira Rodrigues e Samantha Schreier. 3. ed. Barueri, SP. Manole, 2015.

PEREIRA, Jamile Peixoto. Da paternidade responsável à paternidade participativa? Representações de paternidade na política nacional de atenção integral à saúde do homem (PNAISH). Dissertação. 2015. (Mestrado em Saúde Coletiva) – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2015.

RECUERO, Raquel. Redes socias na internet. 2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 2020.

SINGLY, François de. Sociologia da família contemporânea. Tradução: Clarice Ehlers Peixoto. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.

VIGOYA, Mara Viveros. As cores da masculinidade: experiências interseccionais e práticas de poder na nossa américa. Tradução: Allyson de Andrade Perez. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2018.

Publicado

2022-05-03

Como Citar

MOURA, T. A. de; GOMES DAMASCENO, F. J. . “PAI NÃO AJUDA, PAI CUIDA”: UMA LEITURA SOBRE A PATERNIDADE ATIVA. Revista de História Bilros: História(s), Sociedade(s) e Cultura(s), [S. l.], v. 9, n. 19, p. 43–62, 2022. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/bilros/article/view/8194. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS