DA REVOLTA CONTRA O TEMPO HISTÓRICO À POTÊNCIA DO ANACRONISMO NA ESCRITA DA HISTÓRIA

Autores

  • Maria Bernardete Ramos Flores UFSC

Palavras-chave:

Tempo histórico, anacronismo, montagem, mito do eterno retorno

Resumo

O tempo moderno, cronológico e linear nunca teve plena adesão dos povos; o historicismo nunca foi pacificamente aceito entre os pensadores. Nas pegadas de Walter Benjamin, o artigo defende uma historiografia que descubra nas profundezas da história, a matéria que religa o espírito humano; que contemple a montagem de tempos, do tempo impuro que se introduz na configuração de um acontecimento histórico. Da crítica do tempo linear do progresso encaminha-se para a defesa do anacronismo, considerando que a existência do ser e das culturas é feita de temporalidades diversas. A experiência do tempo não é a mesma da representação do tempo cronológico da modernidade. O passado não é algo encerrado; o tempo não é algo externo e transcendente à humanidade. O passado não é apenas estranho a nós, não é apenas um outro tempo. Somos também descendentes, diferentes e semelhantes aos homens e mulheres que nos antecederam.

Biografia do Autor

Maria Bernardete Ramos Flores, UFSC

Professora Titular em História Cultural, na Universidade Federal de Santa Catarina. Pesquisadora do CNPq. Grupo de Pesquisa / Diretório do CNPq Teorias da História, História e Arte.

E-mail: mbernaramos@gmail.com

Publicado

2022-01-27

Como Citar

FLORES, M. B. R. . DA REVOLTA CONTRA O TEMPO HISTÓRICO À POTÊNCIA DO ANACRONISMO NA ESCRITA DA HISTÓRIA. Revista de História Bilros: História(s), Sociedade(s) e Cultura(s), [S. l.], v. 5, n. 10, 2022. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/bilros/article/view/7832. Acesso em: 22 dez. 2024.