O CINEMA COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
DEBATES, PRÁTICAS E DESAFIOS
Palavras-chave:
Lei 10.639/03, Cinema, História Cultural, Ensino de HistóriaResumo
A ação política do movimento social negro, no âmbito educacional, contribuiu para a construção e aprovação da Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino de História da África e Cultura afro-brasileira no currículo da Educação Básica em todo o Brasil. Tal lei, construída à luz de uma realidade de luta da população negra, aponta para a necessidade de se promover uma reeducação das relações étnico-raciais no país, a fim de combater ideias e práticas racistas que ainda persistem em permanecer no imaginário popular e nas relações sociais. Mesmo com alguns avanços, ainda há carências de propostas metodológicas para efetivação da referida lei na sala de aula. Nessa perspectiva, a proposta deste artigo é apresentar as possibilidades metodológicas, as vantagens e os riscos do uso do cinema como recurso didático no ensino de História e Cultura afro-brasileira. Tem-se por objetivo apresentar as representações de negros(as) na primeira fase do Cinema Novo (1960-1964). A abordagem parte da História Cultural proposta por Chartier (1988), na qual se buscou elementos para compreender os filmes como fontes históricas e como parte de uma experiência cultural. Assim, apropriar-se do cinema e pô-lo a serviço do ensino de História e Cultura afro-brasileira é um desafio que requer de nós um aprofundamento de nossos conhecimentos acerca das especificidades da linguagem cinematográfica, de suas dimensões estéticas, sociais e culturais, de seus limites e possibilidades.
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