CONFISSÕES DE SATURNO:
O DIÁRIO MELANCÓLICO DE ALCIDES ARGUEDAS.
Palavras-chave:
Diário Íntimo, Racismo Científico, Melancolia, Tradição e ModernidadeResumo
O escritor boliviano Alcides Arguedas (1874-1946) produziu a maior parte de sua obra sob forte influência de um ideário pessimista. Seu horizonte intelectual incluía autores que concordavam com as doutrinas oriundas do racismo científico dos séculos XIX e XX. O problema racial e, sem dúvida, o fator climático aliado à determinação do meio são características indeléveis do seu trabalho. Entre os anos de 1900 e 1946, Arguedas escreveu seu diário íntimo. Nessa obra fica evidente a relação entre a ideia de melancolia e as considerações sobre a nação e identidade nacional boliviana. No artigo que segue queremos conhecer o processo de criação do diário íntimo de Arguedas. Quais eram as tópicas principais abordadas pelo autor. Aquelas que mais se repetiam e aquelas que apareceram esporadicamente deixando registros importantes. Queremos compreender os norteadores da escrita do diário e os pilares metodológicos de sua construção. Alcides Arguedas impôs uma metodologia de divisão dos cadernos que compõem os tomos de seu diário e a nossa intenção é observar como isso aconteceu. Decorre disso o questionamento sobre os limites ficcionais da obra de Arguedas e os critérios que possibilitaram sua construção.
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