FHC (1993-1994):
final de um caminho de adequação refletida à ordem neoliberal
DOI:
https://doi.org/10.32335/2238-0426.2018.8.21.1070Parole chiave:
Fernando Henrique Cardoso, Teoria e Prática, NeoliberalismoAbstract
Este estudo busca elucidar aspectos da relação entre teoria e prática em Fernando Henrique Cardoso (FHC), desde o início de sua produção teórica até sua primeira candidatura presidencial, em 1994. Esta análise contrasta com as interpretações que encontram nas formulações sobre dependência a origem determinada da trajetória política de FHC – seja com um viés de continuidade, como se a teoria prévia houvesse determinado a prática, seja de ruptura, como se a prática fosse fruto de um corte com a teoria original. Buscamos demonstrar como a definição de uma nova hegemonia no país no final dos anos 1980 criou as condições para a consolidação desse pragmatismo em FHC, que passou a justificar “teoricamente” suas ações a partir do retorno a uma dicotomia moderno ´ arcaico que ele próprio ajudara a superar com a teoria da dependência. Nesse sentido, enfocamos os dois anos imediatamente anteriores à sua chegada à Presidência da República, para ilustrar os últimos anos de consolidação de uma nova visão do Brasil para FHC, como forma de subsidiar a compreensão do que foram seus governos, tanto no que diz respeito às políticas públicas quanto à própria concepção de Estado que norteava suas ações.
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