Retirantes flagelados no Ceará-da-seca:

(bio)políticas populacionais na consolidação do Estado moderno

Autores

  • Natalia Monzón Montebello Doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP e Professora Adjunto da Universidade Estadual do Ceará - UECE
  • Marcílio Medeiros Silva Licenciado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará - UECE e Pesquisador da Universidade Estadual do Ceará - UECE

DOI:

https://doi.org/10.32335/2238-0426.2018.8.21.1058

Palavras-chave:

biopolítica, retirantes, flagelados, campo, seca

Resumo

Com base na noção de Ceará-da-seca, este artigo descreve o surgimento e a consolidação, desde 1877, de um poder soberano sobre a vida implementado por meio de políticas populacionais destinadas a administrar os efeitos sociais da seca na região. Assim, observam-se práticas biopolíticas de governo que caracterizam a institucionalização do Estado moderno atrelada aos dispositivos de exceção (os abarracamentos, os lazaretos, os campos de concentração e as frentes de trabalho), direcionados à proteção de uma forma de vida (urbana e industrial) a ser garantida diante da cíclica invasão dos retirantes do sertão, levando ao litoral, a cada grande seca, o abrupto espetáculo da barbárie da fome, da miséria, da peste.

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Publicado

2018-08-06

Como Citar

Montebello, N. M., & Silva, M. M. (2018). Retirantes flagelados no Ceará-da-seca:: (bio)políticas populacionais na consolidação do Estado moderno. Conhecer: Debate Entre O Público E O Privado, 8(21), 60–77. https://doi.org/10.32335/2238-0426.2018.8.21.1058

Edição

Seção

Artigos