“Não precisa morrer pra ver Deus”:
uma análise das relações sociais que constituem o projeto #existeamor de Milton Nascimento e Criolo
DOI:
https://doi.org/10.52521/19.4193Resumen
O presente artigo apresenta uma análise do projeto #existeamor, protagonizado pelos músicos Milton Nascimento e Criolo. Trata-se de uma plataforma multifacetada lançada durante a pandemia de Covid-19, que inclui um EP, dois videoclipes e uma iniciativa de doação virtual a instituições que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social. Ao navegar por #existeamor, percebe-se que foi montando um produto que se retroalimenta durante todo seu processo de concepção e execução. Além disso, vale-se ainda dos rituais de sacralidade e da experiência de suspensão do ordinário para engajamento e reconhecimento quanto à sua originalidade, além do carisma convertido em materialidade. O objetivo deste trabalho é compreender os ganhos simbólicos dos artistas ao conferirem à arte um papel de instrumento de sensibilização dentro do projeto #existeamor, considerando-se para tal a mobilização que envolve os dois músicos protagonistas, suas respectivas equipes e os efeitos dessa soma de poderes.