Na contramão da ordem?

Cultura urbana, juventude e estigma na cidade do Rio de Janeiro

Autores/as

  • Luciane Soares Silva

Palabras clave:

Estigma, Favela, Juventude, Ordem urbana, Violência

Resumen

Considerando a continuidade da favela como “problema social” na ordenação da cidade, a interação entre moradores de favela e não moradores torna-se ponto importante para as questões discutidas neste artigo. Neste caso, interessa compreender, como a partir de fatos ocorridos em situações de interação face a face formam-se representações sobre determinados grupos. Este artigo reconstituirá eventos ocorridos na década de 1990, compreendendo que este período constitui importante ruptura com visões anteriores sobre moradores de favelas e subúrbios na cidade do Rio de Janeiro, especialmente a construção do “funkeiro” como inimigo da ordem urbana. O conceito de estigma será central para os argumentos que serão apresentados. O artigo parte de análise documental, entrevistas com frequentadores, artistas e moradores de favela para compreender como a construção e posterior criminalização dos funkeiros foi decisiva para ações da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro na década de 1990 e início dos anos 2000.

Publicado

2020-01-27

Cómo citar

SILVA, L. S. Na contramão da ordem? Cultura urbana, juventude e estigma na cidade do Rio de Janeiro. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 11, n. 21 jan.jun, p. 9–32, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2590. Acesso em: 22 nov. 2024.