Ainda queremos ser...tão?
reflexões sobre identidade cultural e imaginário de sertão no Piauí
Palabras clave:
Sertão, Imaginário, Identidade cultural, PiauíResumen
Como o Piauí é interpelado pelos signos de sertão na contemporaneidade? Supõe-se que em um estado que nasce, historicamente, dos “caminhos do gado” e que até os anos de 1970 foi movido pela retórica do “destino pastoril”, há motivos para pensar genealogias e suas ressignificações à luz da categoria sertão. Assim, identificar, desconstruir, e reelaborar significados de sertão permanece tarefa contemporânea, seja reencontrando sentidos já conhecidos, seja descobrindo novos para a própria sertanezidade. No entanto, entre nós, esse é um debate incipiente, embora signos difusos de sertão aflorem nos imponderáveis da vida sociocultural, seja na capital, Teresina, seja em regiões diversas do interior do estado, inclusive, nos cerrados, que se transformam em nova fronteira agrícola, qual um sertão desencantado. Foge aos limites deste artigo, uma exegese das imagens de sertão em virtude da polissemia povoadora do imaginário presente, inclusive, na sociografia da reflexão sobre o Brasil que diagnostica, impulsiona, organiza, define e direciona ações. No entanto, identificar signos e símbolos ativos no imaginário de sertão interpeladores de subjetividades e produtores de sentidos para a “nação piauiense” tornam-se motivos de primeira ordem.