As polícias não têm rosto de mulher

invisibilidade e luta por reconhecimento

Autores/as

  • Maria Glauciria Mota Brasil
  • Rochele Fellini Fachinetto

Palabras clave:

Mulheres, instituições policiais, condições de trabalho, relações de gênero, reconhecimento

Resumen

Este artigo propõe uma reflexão sobre as condições das mulheres das polícias brasileiras, no contexto contemporâneo, a partir do diálogo entre duas pesquisas sobre o tema: a pesquisa ‘A condição das mulheres nas polícias brasileiras’, realizada pelo Grupo de Pesquisa Violência e Cidadania
da UFRGS e a pesquisa Políticas de Segurança Pública, trabalho policial e conflitualidades, vinculada ao projeto Casadinho entre UECE (Laboratório de
Direitos Humanos, Cidadania e Ética) e a UFRGS. Articulando os resultados de ambos os estudos, o primeiro de caráter qualitativo e segundo que buscou
traçar um perfil qualiquantitativo dos(as) policiais no Ceará e no Rio Grande do Sul, foi possível identificar que, mesmo após trinta anos do ingresso das
mulheres nas instituições policiais, persistem processos de invisibilização e falta de reconhecimento institucional dessas profissionais nas corporações
policiais. A análise contemporânea da presença das mulheres nas instituições policiais evidencia as tensões e contradições de um processo de inserção que não está consolidado, mas que necessita ser constantemente reforçado e (re) atualizado pelas mulheres por meio de condutas, práticas e estratégias que possam garantir apoio e reconhecimento social e institucional.

Publicado

2019-12-10

Cómo citar

MOTA BRASIL, M. G.; FACHINETTO, R. F. As polícias não têm rosto de mulher: invisibilidade e luta por reconhecimento. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 14, n. 28 jun.dez, p. 143–161, 2019. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2240. Acesso em: 4 dic. 2024.