O massacre de Alcaçuz, o fortalecimento e a disputa de territórios por coletivos criminosos em Natal, RN

Autores

  • Juliana Gonçalves Melo
  • Natália Firmino do Amarante

Palavras-chave:

Massacre, Sistema prisional, Facções criminosas, Sindicato do crime

Resumo

A proposta é analisar a relação entre o Massacre ocorrido na prisão de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga, inseridas no Munícipio de Nísia
Floresta, RN, em janeiro de 2017 e que resultou na morte de, pelo menos, 27 pessoas. Descrevemos esse evento e nossa inserção em campo, bem como
nos voltamos para entender as consequências desse evento e sua relação com o fortalecimento das disputas entre duas facções rivais (Primeiro Comando
da Capital/PCC e Sindicato do Crime/SDC) e com o aumento vertiginoso da violência em Natal, com a multiplicação de assassinatos (inclusive de mulheres)
e de disputas pelo controle de territórios na prisão e fora dela por parte desses grupos. Em que sentido esse episódio trágico contribuiu (e contribui) para esse quadro? Qual a relação entre essas questões e as condições atuais no sistema prisional? Ainda que os dados sejam iniciais, ressaltamos o ineditismo desse artigo, especialmente no que concerne aos dados sobre à fundação e a consolidação do SDC e à proposta de analisar o desenrolar dessa “guerra”, como estamos habituadas a ouvir localmente. Essas questões, por outro lado, são interessantes para entender outros contextos e os processos de consolidação e fortalecimentos de coletivos criminosos no país, bem como nos desafiam a pensar os limites da atuação antropológica em contextos como esses.

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Publicado

2019-11-11

Como Citar

MELO, J. G.; AMARANTE, N. F. do. O massacre de Alcaçuz, o fortalecimento e a disputa de territórios por coletivos criminosos em Natal, RN. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 17, n. 33 jan.jun, p. 19–40, 2019. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2107. Acesso em: 28 mar. 2024.