Políticas de patrimônio

entre a exclusão e o direito à cidadania

Autores

  • Alicia Norma Gonzáles de Castells

Palavras-chave:

Patrimônio Cultura, nventário Nacional de Referências Culturais, Identidade Cultural

Resumo

A preocupação neste texto é esboçar algumas considerações sobre o patrimônio denominado imaterial, sob a ótica das políticas públicas patrimoniais,
consideradas a título de análise como políticas de inclusão. Partindo do pressuposto de que a dinâmica e a inovação são fatores constitutivos de todo o processo patrimonial, a identificação de bens de referência cultural para registro, pertencentes aos setores  não hegemônicos (indígenas, negros, populações rurais, imigrantes, etc.), representa uma mudança significativa no entendimento e na escolha dos alvos dignos de serem pesquisados. Numa sociedade como a brasileira, altamente hierárquica e desigual, a conceituação do patrimônio imaterial defendida pelos mentores da política de registro pressupõe o reconhecimento de bens de referência cultural que em muito extrapolam os escolhidos pelos grupos hegemônicos para representar o que se idealiza como patrimônio cultural brasileiro. Essa luta desigual travada no campo do patrimônio cultural exige o questionamento sobre a legitimidade do processo, no que diz respeito ao direito à cidadania das populações subalternas e à possibilidade de fazerem parte do que se entende como patrimônio cultural brasileiro

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Publicado

2020-01-11

Como Citar

GONZÁLES DE CASTELLS, A. N. Políticas de patrimônio: entre a exclusão e o direito à cidadania. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 6, n. 12 jul.dez, p. 11–24, 2020. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/2386. Acesso em: 30 abr. 2024.