A Casa e a Nação

Gênero, disciplinas e domesticidade em um abrigo para migrantes e refugiadas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52521/20.8107

Resumo

Decorrente de pesquisa etnográfica que aborda os processos de (co)produção de diferenças na administração das mobilidades transnacionais e nas circulações institucionais de pessoas refugiadas, este artigo analisa as práticas de gestão das vidas em um abrigo para migrantes localizado no centro da cidade de São Paulo. Reflito sobre a articulação entre domesticidade e disciplinas a partir do acompanhamento do cotidiano do abrigo, com atenção aos planos mais íntimos dessa cotidianidade, a partir das relações que se davam nos pátios, na cozinha e nos quartos da instituição. Aponto que essa articulação se materializava em inúmeras pedagogias cotidianas, reguladas por técnicas de gestão do ordinário e dos distintos formatos que assumiam o cuidado e o governo. Observo essas relações a partir do corpo de regras e práticas de convivência instituídas no abrigo. Regras atravessadas por moralidades, em que gênero e sexualidade eram as categorias centrais de gestão na produção de sujeitos avaliados frente a uma suposta “cultura nacional” ou “brasilidade”.

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Publicado

2022-04-29

Como Citar

CARVALHO RIBEIRO, J. A Casa e a Nação: Gênero, disciplinas e domesticidade em um abrigo para migrantes e refugiadas. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 20, n. 41 jan/abr, 2022. DOI: 10.52521/20.8107. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/8107. Acesso em: 22 dez. 2024.