Mulheres negras e trabalho doméstico
racismo e desigualdades na pandemia do covid-19
DOI:
https://doi.org/10.52521/19.7344Resumo
O texto busca analisar a situação das empregadas domésticas brasileiras no período pandêmico da COVID-19, compreendendo que o trabalho doméstico é uma herança histórica, dado que seus primeiros registros se constituem na escravidão. Atualmente, a profissão de empregada doméstica é comumente associada às mulheres negras de classes mais pobres, de modo que elas passam a ser vítimas do preconceito racial no ambiente de profissão e por parte do Estado, pela violação dos direitos trabalhistas. Como metodologia, escolhemos três casos de racismo e de violência estatal que foram analisados à luz da interseccionalidade, por meio das teorias de feministas negras. Os dados indicam uma crescente injustiça social direcionada às mulheres negras empregadas domésticas no contexto da pandemia da COVID-19, justificada pelas desigualdades raciais historicamente construídas no Brasil.
Palavras- Chave: Trabalho doméstico. Mulheres. Gênero. Racismo Estrutural