Uma análise das relações de poder no campo da segurança

as interações entre vigilantes e policiais nas portas giratórias de agências bancárias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52521/19.4151

Resumo

O presente artigo buscou analisar as interações entre vigilantes e policiais em situações de conflito nas portas giratórias de agências bancárias. O objetivo foi caracterizar as relações de poder respectivas a esse cenário no qual atores estatais e não-estatais se encontram, assim, contribuir com a ampliação de discussões sobre formas de se prover segurança nas sociedades contemporâneas em que o policiamento é pluralizado. Para isso, o trabalho mobilizou a teoria de Pierre Bourdieu e a noção de “securitização de capital”, bem como análise de acórdãos julgados nos estados de São Paulo e Paraná entre os anos de 2010 e 2012. Os resultados mostram que os policiais utilizam mais capital simbólico para garantir sua autoridade, enquanto os vigilantes e as agências bancárias recorrem ao capital jurídico estritamente para conformar suas condutas. Os bancos também ganharam de forma quase que unânime nos processos julgados, fenômeno este que pode ser pensado junto ao avanço dos serviços de segurança privada, não mais se pautando somente na proteção e segurança executada pelo Estado soberano contra ameaças externas.

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Publicado

— Atualizado em 2021-04-30

Como Citar

NALIN, L. C.; LOPES, C. da S. Uma análise das relações de poder no campo da segurança: as interações entre vigilantes e policiais nas portas giratórias de agências bancárias. O Público e o Privado, Fortaleza, v. 19, n. 38 jan/abr, 2021. DOI: 10.52521/19.4151. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/opublicoeoprivado/article/view/4151. Acesso em: 28 mar. 2024.